A poesia de Manuel Bandeira encanta pela sua simplicidade. É uma poesia que não disfarça a ternura pelos lugares, objetos e seres que retrata. Uma poesia que, partindo de um olhar para as coisas pequenas e ínfimas, atinge uma profundidade rara.
Nas imagens de Manuel Bandeira, como Bartolomeu Campos de Queirós aponta muito bem em sua apresentação, podemos encontrar "muitos fragmentos de infância". É muitas vezes nas suas lembranças de menino, em meio a balões de papel colorido, porquinhos-da-índia, brincadeiras e festas de São João, que o autor vai encontrar imagens que falam de coisas difíceis e às vezes doloridas, como o amor, a doença, a morte. As suas palavras se encadeiam de forma delicada e lúdica, com um humor sutil que se faz presente mesmo nos momentos mais graves. Essa mistura inusitada, porém harmônica, de humor e melancolia, pega o leitor desprevenido, levando-o a transitar rapidamente do riso para o choro e do choro para o riso.
Poemas, poesias
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