Muito se discute o que teria ocorrido caso o movimento de maio de 1968, na França tivesse ganhado força o suficiente e mergulhado Paris em uma segunda comuna. Tendo isso em mente, Jorge Semprún nos dá uma ideia de como poderia acontecer na Algaravia. Um bairro em guerra chamado Z.U.P. é onde acontece a maior parte da historia, onde acompanhamos Rafael Antigas que é um escritor espanhol, ex-militante do partido comunista e exilado em Paris. Além de Antigas, acompanharemos muitos outros personagens - todos relacionados entre si e com ligações a Antigas.
A Algaravia é um livro complexo, denso, cru e forte. Não é algo de fácil leitura e nem agradará a leitores com pouca experiência com formas diferentes de narrativa, mas aquele que deixar se levar pelo livro verá o quanto fascinante e profundo esse romance é: o último dia de vida de um ex-militante do Partido Comunista Espanhol no contexto do que teria sido a Segunda Comuna de Paris se o movimento de maio de 1968 tivesse dado certo.
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