Em meio a uma crise econômica, vivendo sob o caos urbano, o ser humano se mecaniza e não consegue imaginar outra situação a não ser a sua rotina estressante. No entanto, o autor alemão Klaus Sonnefeld propõe que cada pessoa faça uma viagem à origem da humanidade e ao encontro com a espiritualidade através do livro O Corvo Branco, induzindo o leitor a se libertar das limitações que o mundo pós-moderno impõe à imaginação e ao pensamento de cada um. O livro narra a história da viagem de dois amigos - Jean e Jacques - à costa da Nicarágua, onde têm contato com os costumes e crenças de antigas civilizações indígenas, transformando a maneira como enxergam o meio em que vivem. As personagens passam por atraentes paisagens naturais e espirituais e descobrem o que há de mais simples e surpreendente nas reações e relações humanas. Junto com os amigos Jean e Jacques, o leitor embarca nessa viagem com destino à descoberta da sua identidade e da sua própria espiritualidade, ultrapassando os limites das explicações científicas, até entrar no campo da filosofia, da antropologia e da magia. Quebrando a barreira do tempo e do espaço, a saga relatada no livro leva o leitor a 20 mil anos atrás, permitindo que se faça uma descrição minuciosa dos costumes e histórias dos primeiros habitantes do continente americano. Porém, Sonnefeld não abre mão da espiritualidade nessa jornada e faz com que o título de sua obra seja uma referência ao que era considerado por esses povos como o mensageiro dos deuses, ou seja, o corvo branco. Assim, tanto o leitor como as personagens aproximam-se da natureza e têm contato com cerimônias e cultos típicos desses povos, chegando ao final da viagem com uma nova percepção e postura diante da realidade que nos é imposta hoje.